quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

This I like

Grafite

Tá certa a grafia. Alá:


Dalton Ghetti faz essas esculturas incríveis em pontas de lápis. Tem que ter tempo e paciência, acredito. No site do cara tem mais, muito mais. 

Dica da antenada Cristiane Daud.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Estragando um Lotus Europa

O que vale mais? Um carro antigo perfeitamente restaurado na sua condição original ou extensamente modificado, mesmo que por modificadores da moda?

Faz pouco tempo falei de dois Pumas. Esse aqui e esse outro. Teve gente surtando porque 'onde já se viu detonar um Puma DKW?', gente achando legal o capricho e o empenho empregados nas modificações e gente achando muito legal o outro Puma, o GTS que ficou com cara de Alfa Romeo.

Médico e louco, gosto e cu, olho e remela. Todo mundo tem um pouco, cada um tem o seu, cada um prefere um.

Respectivamente.

E se um modificador (designer, vai) famosão como o Chip Foose pega um carro feito por um gênio como o Colin Chapman pra modificar?

O carro é esse aqui:


Europa, é o nome desse Lotus. Não escolhi esse modelo por acaso, vocês verão. Começando pela menos óbvia mas deveras mais interessante arquitetura do carro, vamos encontrar alguma similaridade com a dos meus queridos Puma GT, GTE e GTI. 

Alá a distribuição dos elementos mecânicos no chassis e ele próprio:


Pra quem chegou de Júpiter esses dias, o chassis do fusca (tá bom, vai. Karmann Ghia e Brasilia) não é igual mas guarda semelhança na distribuição dos elementos mecânicos exceto o motor, que tá instalado do jeito "certo" no Lotus. Antes de continuar, alá um típico chassis de VW a ar:

Peguei esse aí porque tá sem os assoalhos, do mesmo jeito que o chassis do
 Lotus (que não os tem, na verdade, porque os assoalhos fazem parte da 
carroceria de fibra-de-vidro).

Essa introdução algo grande tem só um objetivo: apresentar o episódio da série de TV Overhaulin´ que mostra a transformação do Lotus Europa.

Eu bem não ia fazer nada disso enquanto via o filme, mas na hora em que Mr. Foose começou a "reforçar" o leve, delicado e certamente rápido Europa, achei que precisava urgentemente acender uma vela para a alma de Colin Chapman.

Não vendo muito sentido em acender vela com esse intúito, fiz esse post.

Alá a primeira parte do filme, que mostra também o milionário entusiasta mas conivente Jay Leno:



segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O efeito Coanda

Não sou engenheiro e nem entendo muito de carros, como todo mundo sabe. Apenas me aprofundo em alguns assuntos. Os que me parecem mais interessantes. Um desses é o fato dos carros de Formula 1 terem sido obrigados a abandonar o efeito solo. Na época (faz tempo, isso), achei que nunca mais nenhum F1 ia andar bem outra vez, no nível que andava.

O efeito solo, como todo mundo sabe hoje, era baseado em perfís análogos a asas de avião montadas invertidas no lugar dos side pods dos carros, e com dispositivos que impediam o ar que escoava externamente e por sobre as carrocerias de entrarem embaixo do carro. Criada a zona de baixa pressão sob o chassis, tava feito o crime. Os carros ficaram muito mais rápidos em contorno de curva do que jamais tinham sido. Tudo teve que ser revisto, desde a dureza das suspensões e das laterais dos pneus até o próprio modo de pilotagem.

Em seguida veio o fundo chato e a proibição das saias laterais, levando embora muito da capacidade de contorno de curva dos carros.

Mas a F1 sempre foi laboratório de experimentação. Aerodinâmica, notadamente, desde os anos 80. Os carros de F1 tem muito mais da aviação do que do automobilismo, na verdade.

O romeno Henri Coanda foi o primeiro a estudar a aplicação prática do princípio de que um flúido tende a permanecer aderido a uma superfície curva (mas não muito).

Não vou, claro, explicar isso, o que deixo a cargo de Enrique Scalabroni, um argentino bom de design de carros de corrida e com ótimo curriculo em equipes de competição e fabricantes de carros de corrida. Pra quem gosta de carro de corrida (e Engenharia de modo geral), um filmáço. Pra quem não gosta, perda de tempo.

Sorry. Pelo menos o sotaque 'scalabronico' ao falar inglês é divertido. 

Alá: