segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O efeito Coanda

Não sou engenheiro e nem entendo muito de carros, como todo mundo sabe. Apenas me aprofundo em alguns assuntos. Os que me parecem mais interessantes. Um desses é o fato dos carros de Formula 1 terem sido obrigados a abandonar o efeito solo. Na época (faz tempo, isso), achei que nunca mais nenhum F1 ia andar bem outra vez, no nível que andava.

O efeito solo, como todo mundo sabe hoje, era baseado em perfís análogos a asas de avião montadas invertidas no lugar dos side pods dos carros, e com dispositivos que impediam o ar que escoava externamente e por sobre as carrocerias de entrarem embaixo do carro. Criada a zona de baixa pressão sob o chassis, tava feito o crime. Os carros ficaram muito mais rápidos em contorno de curva do que jamais tinham sido. Tudo teve que ser revisto, desde a dureza das suspensões e das laterais dos pneus até o próprio modo de pilotagem.

Em seguida veio o fundo chato e a proibição das saias laterais, levando embora muito da capacidade de contorno de curva dos carros.

Mas a F1 sempre foi laboratório de experimentação. Aerodinâmica, notadamente, desde os anos 80. Os carros de F1 tem muito mais da aviação do que do automobilismo, na verdade.

O romeno Henri Coanda foi o primeiro a estudar a aplicação prática do princípio de que um flúido tende a permanecer aderido a uma superfície curva (mas não muito).

Não vou, claro, explicar isso, o que deixo a cargo de Enrique Scalabroni, um argentino bom de design de carros de corrida e com ótimo curriculo em equipes de competição e fabricantes de carros de corrida. Pra quem gosta de carro de corrida (e Engenharia de modo geral), um filmáço. Pra quem não gosta, perda de tempo.

Sorry. Pelo menos o sotaque 'scalabronico' ao falar inglês é divertido. 

Alá:


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