terça-feira, 11 de outubro de 2011

CG!

Depois de ter feito peças complicadas em fibra-de-vidro a partir de moldes inusitados tais como recortes de papel kraft, pneus (é, o paralamas traseiro da Shadow bobber foi moldado no próprio pneu traseiro e deu muito trabalho pra ficar do jeito que ficou) e outros objetos não adequados, resolví arriscar uma técnica usada em fábricas de carros que eu só tinha visto em documentários na TV.

É a modelagem em clay (argila, em inglês), que é uma massa feita pra isso. Ela é reutilizável (e cara pacas), o que não deixa de ser engraçado. Hoje serve de modelo para um tanque de gasolina. Amanhã, sei lá... uma poltrona ou uma escultura.

Fiz faculdade de Direito, colegial (mudou o nome, né?) técnico, vários cursos de especialização tanto em Direito como em TI (antigamente, informática) e...

...estou me valendo do que aprendí no pré-primário: a usar tesouras (com ponta, que eu já sei que fura e tem que tomar cuidado. He he he...), colas, papel-cartão e massinha de modelar (clay não passa disso, apesar de bem mais tecnológica).

Só que agora eu sei como os diversos materiais que uso se comportam, conheço suas propriedades físico-químicas e tiro vantagem disso.

Foi bom sempre ter tido curiosidade de ver artesãos trabalhando em suas oficinas, ver suas ferramentas, fuçar em furnituras (lojas especializadas em ferramentas para joalheiros), fuçar em lojas de materias específicos como borrachas, metais não ferrosos, dentais (a melhor cola do mundo foi desenvolvida pra dentistas - uma hora dessas falo específicamente sobre ela).

Voltando à modelagem em clay, o mais legal desse material é a possibilidade de ousar nas formas. Não há limitação de espécie alguma.

Odeio linhas retas e cantos vivos. Acho super legal usar curvas compostas em objetos. Eles se tornam aparentemente mais longilíneos e leves.

Vou ficar devendo nesse post algumas fotos do trabalho que tá sendo feito no tanque da CG 1981. Ainda falta resolver o contra-molde dos 14 centímetros extras do novo tanque. Isso estava a cargo do Everton, que fez uns 4 ou 5 hoje e não acertou nenhum. Esse contra-molde vai servir de apoio ao clay que vai ser aplicado pra acompanhar os novos perfís laterais e superior do tanque.

Logo faço um que tenha o formato básico que eu quero que tenha e que suporte o acréscimo do peso de uma capa de clay sem deformar.

Em seguida, tecido de fibra-de-vidro diretamente sobre o clay e... voilá! Tanque novo!

Pra não passar em branco, tá aí um eventual futuro projeto:


Esta é uma Yamaha SR 500 levemente modificada. Não foi produzida no Brasil. E não passa de uma CGzona de 500 cc, com um cilindro só. Uma moto dessa, com motor levemente preparado, deve ter uns 45 hp e não deve pesar mais do que 115~120 kg. Toda vez que olho pra uma Yamaha Ténéré, vejo uma cafe racer no estilo dessa da foto. Mais cedo ou mais tarde faço uma pra mim porque a CGzinha vai ficar radical demais pra usar todo dia.

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